Você alguma vez parou para analisar o que lhe acontece quando tem que tomar decisões importantes?

Há 3 anos recebi ligação de um amigo, às 9 e meia da noite de uma terça-feira, no meio de um jantar que eu oferecia em casa.
Era um executivo europeu, CEO de uma multinacional.
Um sujeito de inteligência brilhante, de mente racional impecável, muito bem formado e capacitado.
Ele me perguntou se estava ocupada e, pelo tom grave de sua voz, eu menti dizendo que não.
Então ele me disse que precisava tomar uma decisão muito importante em trinta minutos.
E que para isso precisava refletir e conversar com alguém de confiança.
Eu fiquei muito surpresa, imaginando o que o estaria impedindo de tomar aquela decisão…
E perguntei como eu poderia ajudá-lo.
Em 15 minutos entendi que ele tinha nas mãos uma informação bombástica.
E que a decisão a tomar sobre ela colocava em risco sua carreira.
Não foi difícil deduzir que o que o impedia de decidir era medo.

Pouca gente tem coragem de admitir que está com medo.
E um homem na posição de poder daquele CEO, menos ainda.
Entretanto ele teve o bom senso de reconhecer essa emoção e perceber que ela afetava seu raciocínio.
E então teve a coragem de procurar suporte no bom senso de alguém.
Em resumo: por mais que você seja capacitado para tomar uma decisão, se essa decisão despertar uma emoção forte em você, sua capacidade de julgar, seu bom senso e sua inteligência deixam de atuar.
Essas competências submergem e quem toma o controle é a emoção.

Este blog expõe um olhar sobre como as emoções podem influenciar os processos de tomada de decisão e as escolhas de sua vida.

O próximo post iniciará a série de textos sobre as emoções que influenciam nossas decisões.