Afinal que sentido faz, você morrer de raiva, vingar-se e não resolver seu problema?

CalvinVInganca2
Pensando bem, a vingança é de fato, muito sedutora.
A ideia de fazer o outro pagar pode ser assustadoramente tentadora.
E talvez seja algo que valha a pena debater no futuro.
Mas não neste post.
O contexto aqui é de tomada de decisão sob irritação/ressentimento/indignação (raiva).
E partimos do princípio que você esteja de fato interessado(a) em solução e não, vingança.

“Sábio é direcionar a sua raiva para os problemas, não para as pessoas.” –  William Arthur Ward

Então vamos ao que interessa.

Não me parece muito prático, neste contexto,  falar em descobrir as causas da raiva.
Ou pensar em meditação ou terapia.
Essas são providências para melhoria contínua de seu autoconhecimento.
A intenção deste post é passar sugestões práticas para um momento de crise.
Uma vez solucionado o episódio, por favor, cuide de seu crescimento pessoal…

Então o que fazer?
Existem algumas ferramentas básicas para amenizar a raiva.
As principais são a razão e o tempo.
Ou ainda, apelar para sentimentos atenuantes.

A eficácia dessas ferramentas pode variar muito.
Elas dependem basicamente de quanto o seu bom senso está comprometido pela raiva.

Vamos começar usando a razão:
1. Pense que você tem um problema para resolver e precisa cuidar de sua origem.
As causas de seu problema precisam ser sanadas e razão e inteligência são as melhores ferramentas para isso.
Você pode cuidar das consequências emocionais depois.
Além disso, solucionadas as causas, é muito provável que seu estado emocional se acalme.
2. Lembre-se de que atitudes geradas pela raiva tem alto potencial de piorar – e muito – seu problema.
Se tiver dúvidas a esse respeito, leia a dica seguinte…
3. Pense em outras situações em que você se arrependeu de não ter tido bom senso.
Se você não consegue lembrar de nenhuma, ou esse post não é para você ou você está sabotando…

Vamos acrescentar o tempo:
4. Não decida nada (em hipótese alguma) no auge da raiva.
Acredite: decisões passionais potencialmente causam mais estrago do que o simples adiamento da decisão.
E com o tempo, a raiva vai diminuir e você terá melhores condições de ir para o item 1 destas dicas.
5. Pegue papel e caneta – ou um computador – e escreva tudo o que quer fazer de criativamente destrutivo.
Escreva com detalhes e sem pudor.
Isso deve auxiliá-lo(a) a pelo menos extravasar sua cólera, indignação ou ressentimento.
6. Dê um tempo para reler o que escreveu.
Pelo menos o suficiente para estar mais equilibrado(a).
Talvez você perceba que nem Torquemada teria ido tão longe quanto você.

E um pouco de emoção atenuante:
7. Despersonalize a situação.
Se sua raiva tem um foco pessoal, analise a mesma situação com personagens diferentes.
De preferência, coloque alguém de quem você gosta, no lugar daquele que você está querendo matar…
8. Procure se solidarizar.
Experimente colocar a si mesmo(a) como causador(a) daquela situação.
Talvez você descubra aspectos atenuantes que não haviam passado pela sua cabeça antes.
9. Pense nas consequências de uma decisão passional, para terceiros com quem você se importa.
Nem preciso dizer que ninguém deveria sofrer as consequências de suas escolhas…

E ainda:
10. Existem outras situações emocionais que podem ser invocadas.
Mas como elas são ligadas ao medo, eu prefiro ficar naquelas em que a solidariedade predomina.
De assustadora, já chega a decisão que você tem que tomar.

Por fim:
11. Se a raiva não lhe permite raciocinar, seu tempo se esgotou e não há a mínima possibilidade de ser solidário(a), apele para o bom senso de outra pessoa.
Escolha alguém que você julga ter sabedoria e equilíbrio e peça apoio.
Levar o texto que você escreveu também é uma boa providência.
Se  houver algo ali que você julga legítimo, uma pessoa de bom senso pode ajudá-lo(a) a cair em si.

Lembre-se de que a raiva sempre cria movimento.
Se será criativo ou destrutivo, só depende de você.